sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O banho

Está imersa na banheira
Em um silêncio estridente
Brota um dedo da água
Depois algum outro
E ondula...
Até que a onda morre
Em uma outra que vem contra
Solta o ar aos poucos
De olhos fechados
De bochechas estufadas
A lágrima não sai
Por força da água
Quer gritar
Esperniar
Agora não quer mais...

[Esboço]

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Várias sobre nada...


Será assim tão evidente
O que as nuvens ocultam?
Já me disseram que por detrás
Das nuvens felicidades sepultam
Mas...
Será que sou tão incapaz
Por vê-la meramente como nuvem?
Não quero enxergar
Ou
Não posso notar?

Sob o Sol estamos nós
Sobre ele, não me arrisco
Pois não sou assim algoz
A ponto de dizer o que,
De verdade,
Sinto.
[Inacabado]
[Paulo Ricardo]

domingo, 7 de outubro de 2007

Fuga?!


Fugistes de mim
Minha nobre alma poeta
E fico agora vagando
Procurando as palavras certas

Me deixastes na escuridão
Minha doce prosa desvairada
Agora as únicas coisas que encontro
São as sombras desesperadas

Ingrato coração
Ou seria uma tormenta?
Nesta vasta escuridão
Minha ansiedade só aumenta

Ingrata ingratidão
Fez de mim se afastar
Aquela inspiração
Que fazia-me sonhar...

["Fuga?!" - Paulo Ricardo]

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Máscaras

Por detrás de cada

Sorriso, existe mágoa.



A fachada de cada casa
Tem uma falha...
Assim como cada cara
Esconde um sentimento
Que não quer revelar.




Fechei os sentimentos...
Guardei-os num lugar
Que não quero que alguém
Possa encontrar.
Talvez se sorrir
Pensem que sou normal,
Que não tenho problemas,

Que levo uma vida
Repleta de coisas boas...
Mas o que guardo,
Bem dentro de mim
É um vazio tão grande...
Uma dor que me mata diariamente...
Que jamais alguém irá compreender.
Talvez se sorrir,
Deixe de chover!
Quem sabe se estas nuvens
Não irão desaparecer...
Mas um sorriso,
De nada servirá!
Talvez se sorrir
Os outros me achem mais bonita,
Mais simpática,
Mais alegre...
(mas o sorriso desvanece...)
(A dor continua...)
Talvez se sorrir...
Passe despercebida pela rua...
Que ninguém dê pela minha existência...



A alma chora...
Enquanto uma face mostra

Um sorriso radioso...


Ninguém sabe
O que vai no interior de cada casa...
Ninguém pode saber,
O que não se vê...