sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Sonho


Por um qualquer motivo,
Ele sentado debaixo
Da árvore da vida,
Observou a lua
Delicadamente.
Imaginou-se
Passear entre
Aqueles brancos montes
Cobertos de sonhos,
E arrepiou-se!
Sorriu
Ao pensar
Que aquele lugar mágico
Era habitado por anjos,
Que cantam e tocam
Músicas de liberdade,
De paz...
De amor.
Apercebeu-se então
Do crime que seria
Perturbar o sossego
Sagrado daquele oásis.
Aquele lugar deveria
Permanecer intocável!
Apenas e somente
Os inocentes e sonhadores
Eram merecedores
De tal previlégio.
E permaneceu ali!
Debaixo da árvore
Da vida,
Contemplou em silêncio,
(Para ouvir as melodias...)
Aquele planeta,
Maravilhado
Com a simples sorte
De poder estar ali...
Naquele momento.





Bom Natal!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

A vírgula



Numa página qualquer da vida, certa vez uma vírgula desejou se juntar a outra vírgula.
Mas percebeu que entre ela e a outra uma palavra havia.
Tão longa era a palavra que mal podia ver a vírgula que desejava.
Decidiu, então, quebrar a regra e numa breve despedida da palavra que anteriormente lhe acompanhava, pôs-se a pular de casa em casa.
A cada obstáculo que passava o contexto daquela história modificava confundindo o leitor.
Mas como seu objetivo fixava a meta que queria alcançar a qualquer valor.
E quando ao lado de sua vírgula amada ficou, pôs-se a cair em prantos por descobrir que o ponto antes dela chegou.
Foi-se apagada a vírgula largada e um ponto-e-vírgula no seu lugar se adicionou;

["A vírgula" - Paulo Ricardo]
[ Esboço ou Ensaio ]

sábado, 8 de dezembro de 2007

Estampado



Eu tenho como arma
Nada
Mais
Que as palavras

Sei que ferem
Ferem feito faca
Prendem feito estaca
Se atravancam no coração

Não tenho palavras
Destas
Que
Causam emoção

Não
Destas não tenho não

Mas tenho desenhada
A palavra que, hoje,
Se mostra estampada
Em meu coração

Escrita nas estrelas
Unidas pelas mãos

Tempestiva
Evasiva

A forma explícita de amar
Mal vejo o Sol - não quero -
Olho apenas para o brilho do luar

E vejo estampado na lua
Seu nome
Também vejo o semblante que cintila
Há flores e cores em volta
E as estrelas dançam encantadas em pleno dia

Quero(ria) você pra sempre em minha vida
Mas já amanheceu...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Renascer


Olhar submerso
Num mundo
De pensamentos indiscretos...
Anseia o acordar,
Para renascer
Para o Mundo
Que nunca podera
Com seu doce
Olhar compreender.
Viveu nas sombras
De alguém,
Constantemente na vida.
Silenciosa e súbtil...
Sem nunca perceber
O porquê
Deste amarga certeza.
Calou o grito
Que ecoava na sua
Alma sedenta
De razão e coragem...
Todavia algo mais
Forte que a própria
Vontade de lutar,
A fez fechar
Num casulo
De emoções sufocantes.
E continuou fria
E cautelosa
Durante tempo indefinido...
No qual, uma manhã,
Despiu o casaco da tragédia
Que suportou,
E abriu os olhos
Para um novo mundo,
Com mais força
Para lutar pelos sonhos
E e com certezas
De querer alcançar
A felicidade que sempre desejou.