segunda-feira, 24 de setembro de 2007




Como uma sombra,
Ela caminhou pelos recantos
Mais sucumbidos da terra,
Expandindo o terror
E derramando lágrimas
De sangue e angústia.
Quebrou os corações
De todos aqueles que diziam
Ser amantes do tempo...
Amantes da vida...
Amantes cobertos de paixão.
Fantasma perdido,
Quebra a maldição
Que lançaste sobre
Estes imundos mortais,
E deixa-os sufocar na própria dor.
Dizem-se ser devotos pelo amor...
Mas são eles os responsáveis
Pelos danos causados
À alma.
Impuros de pensamentos...
Impuros nos actos...
Eles transportam a sua cruz
Até à sepultura, escavada
Por eles mesmos.
Enterram os sentimentos
Que guardaram secretamente
Em um lugar que ninguém alcançou...
E no silêncio da noite,
Derramam lágrimas
Numa melodia triste da alma...
Enquanto tu os abraças,
Num conforto que os sufoca
E os leva a cometer loucuras.
Mas tu Desgraça,
Sentes-te insanamente feliz
Porque o teu feitiço
Ficou completo.
E enquanto a vida passa
Andarás sempre atrás
De uma vítima,
Como um cão fiel ao seu dono.
E quando num momento
De agonia,
Tu apunhá-las essa ferida,
Para que esta nunca seja esquecida,
Nem mesmo quando o tempo passa...