Sou um soldado solitário
Entre a cruz e a espada
Vivo por conquistar novos valores
Que para mim não valem nada
Caminhei por muitas terras
Naveguei em grandes mares
Carregando uma cruz de pedras
Esperando minha liberdade...
Venha a mim Liberdade!
Já perdi a minha vida
Choro agora de agonia
Choro inteiro de saudades
É tudo falso: essa coragem
É apenas uma máscara
Pra enganar os velhos hipócritas
Dessa falsa-escancarada autoridade
Meu desejo é de lágrimas
De flores, amores e sorrisos
Essa maldita pátria amada
Mais parece coisa de riso
Essa bandeira que agora finco
Marca apenas minha derrota
E a vitória dos velhos hipócritas
Como um teatro a ver por horas
"Assistem
Aplaudem
Ouvem o alarme
Levantam sorrindo
Como se estivessem em um circo"
Está tão tarde
Já chegou a minha hora
Odeio despedidas
Mas tenho de ir embora
Preciso minha roupa sujar
De sangue-amargo-escarlate
E a luz agora apago
Para o silêncio
Do meu corpo
(Que agora já sou osso)
Eternizar.
["Soldado Solitário" - Paulo Ricardo]
[24 de setembro de 2007]
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Soldado Solitário
Resquício de vida encontrado por Paulo Ricardo C. Cardoso às 00:15